Eterno agora

Minh’alma a espera

Com fé no amor recíproco

Fulcral firmado em quimera

Eterno hoje, integrado circuito...

Eternas horas..., eterno agora!

Distante olhar, retraído!

Horizontes vazios... Lânguido sonhar

É preciso mais corda... Ah, libido!

O tic tac não pode cessar...

O carmim nos sedentos lábios

Desbotam lavados pelo sal

Da lágrima teimosa, versos sábios,

Que vinca a alma em vendaval!

Cerra os olhos, encolhe o lume

Busca a lua aumenta a flama

Esvai-se o vagalume

Não vai à vazia cama!

E ali... Corpo entregue

Adormece mas, ainda espera

A revelia das horas, que o sonho não negue!

O realizar do encanto... Quimera!

Elair Cabral

Elair Cabral
Enviado por Elair Cabral em 02/11/2014
Reeditado em 13/08/2015
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