Alma singular

Paredes em túneis de indagações

Psicografei em caracteres de emoções,

Meu desejo de saber se minh’alma é plural...

O tempo não dá tréguas, silêncio crucial...

Volto o olhar para o mesmo e vazio túnel.

Sem luz no final..., mente em babel!

Se sou, por que me é impossível vislumbrar?

Eterno murmurar...

Trêmula, angustiada, essa é minh’alma?

Paredes testam minha calma...

Saio do vácuo e, enfim, percebo meu horizonte!

Paisagens cobertas por brumas de ontem...

Resposta definida!

A espera de vida....

Preciso pintar... Desenhar,

Diagramar para me achar!

Pontuar os versos, carregar entrelinhas, Lançar olhar de “ver” para as vinhas...

Em fios de amanhecer, sorrisos tecer

Plantar a semente do querer,

Regar a cada vez em que o sol se puser,

E esperar o florescer do amor!

Alma singular... Perene alvor!

Elair Cabral

Elair Cabral
Enviado por Elair Cabral em 03/11/2014
Reeditado em 13/08/2015
Código do texto: T5021326
Classificação de conteúdo: seguro