Alma singular
Paredes em túneis de indagações
Psicografei em caracteres de emoções,
Meu desejo de saber se minh’alma é plural...
O tempo não dá tréguas, silêncio crucial...
Volto o olhar para o mesmo e vazio túnel.
Sem luz no final..., mente em babel!
Se sou, por que me é impossível vislumbrar?
Eterno murmurar...
Trêmula, angustiada, essa é minh’alma?
Paredes testam minha calma...
Saio do vácuo e, enfim, percebo meu horizonte!
Paisagens cobertas por brumas de ontem...
Resposta definida!
A espera de vida....
Preciso pintar... Desenhar,
Diagramar para me achar!
Pontuar os versos, carregar entrelinhas, Lançar olhar de “ver” para as vinhas...
Em fios de amanhecer, sorrisos tecer
Plantar a semente do querer,
Regar a cada vez em que o sol se puser,
E esperar o florescer do amor!
Alma singular... Perene alvor!
Elair Cabral