Silêncio
Inquieta-me este silêncio
Que se deixa quebrar
Pelas batidas constantes
Da porta entreaberta
Do meu quarto.
Eles se acompanham
Do descompasso surdo
Que se traduz do medo
Mergulhado na solidão.
E o vento sacode as
Palhas secas que se
Acumulam nalgum lugar.
E açulam os temores
Que amordaçam o grito
O qual ameaça explodir
O silêncio que se deixa
Afugentar pelo vento.
E o ciclo se repete
E acalanta o sono
Que se nega adormecer
E aprisionar o espírito
Da noite que se aprofunda.