Silêncio

Inquieta-me este silêncio

Que se deixa quebrar

Pelas batidas constantes

Da porta entreaberta

Do meu quarto.

Eles se acompanham

Do descompasso surdo

Que se traduz do medo

Mergulhado na solidão.

E o vento sacode as

Palhas secas que se

Acumulam nalgum lugar.

E açulam os temores

Que amordaçam o grito

O qual ameaça explodir

O silêncio que se deixa

Afugentar pelo vento.

E o ciclo se repete

E acalanta o sono

Que se nega adormecer

E aprisionar o espírito

Da noite que se aprofunda.

Rroberto Matos
Enviado por Rroberto Matos em 29/11/2014
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