Castelos de Areia.
Essa noite,não sonhei nada.
Nada,que pudesse virar poesia.
Caminhando pelos cantos da casa,
Essa noite,suspirei vazia...de solidão.
Os cantos da casa me contam,que eu
Preciso dormir,não quero...
Teimo com a casa,com o castelo de areia,
Que eu demoli.Construi sonhos alados,
Com dedos molhados,secando ao vento.
Apenas,para sentir o meu rumo.
O vento constrói promessas,
Sopra forte no meu rosto,eu me aprumo.
Vou delicadamente...arrasando a ventania.
Eu brigo,comigo e com a poesia.
Pegos as minhas palavras amassadas,
Arrumo as minha idéias,os meus desejos.
E elas se vão confusas...
Pois intrusas promessas,deleitam-se
Na macia areia dos meus versos.
Caminho,no teu caminhar por mim.
Pois,só vejos as tuas pegadas.
Vou...na rabeira das tuas palavras
Rasgadas,sussurradas,no meu ouvido.
Eu preciso delas.
Vou deitar-me agora nessa areia
distraida,e o vento,a ventania...
Continuam zunindo...apenas um ruído.
Teu,meu...construido.