Sozinha ao Deserto sem Emoções ( me conheço!)

Não sou bela e uso vestes que escondem a pele

Estou em roupas de moça-recato e sexo virgem

Nunca amei, nem desejei ou jamais parece haver

Estou em calmaria de tesão à espera do príncipe

Fico nervosa em abrir-me com ele, e ser perdida...

Sou assim de óculos, maltrapilha de uns amores!

De rosto liso, alvacenta epiderme, tímida amante

A princesa de algures, senhora de desejos mimos

Na verdade senhorita sonhadora, aquela solitária

Perdida nos sonhos infantes que hoje desfalecem

Os meus lábios enfrentam invernos com desertos

E meu ser íntimo estremece á espreita de alguém

Coração que arde na espremida vontade do amor

Sem ser a querida filha de um destino de solteira

Desejando a felicidade acasalada com esperança!

Sou calma, irriquieta na aparência, trêmula Circe

Meus feitiços são verbos ou palavras discursivas

E mais uma solitária flama me aquece sentimento

E quero aquele que virá, trilhando avenidas fartas

Caminhando trôpego, no gelar-se ou na aventura

Alguem vem de longe, e deseja um conhecimento

Pedirá um outro coraçãozinho, mais quente florido

Estará aos meus pés, diante de meu trono arfante

Olharei a este que de príncipe só terá humanidade

E pedirei que reconquiste meus anseios solitários!

O meu deserto se cobre de flôres com sorrisos...

Jurubiara Zeloso Amado e Pode vir quente que estou fervendo!
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 06/01/2015
Código do texto: T5092531
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