Dance como se quisesse Pretender



Lágrimas em chuva não se deixam limpar pela água
E temores do mal amor imundam lagos de sentidos

No teu passo choro por ser feliz entre os pesadelos
Num mundo de tremores ou maremotos indelicados

Andemos ao passo de ganso dos monstros fúteis
Ao dançar num tapete de estelares luzeiros tristes

Fujamos do ódio antigo ou das ruínas entre muros
E amemos os sonoros risos das crianças não vindas

E é esperança ouvirmos que a cada lágrima crescida
Que cada um de nós sequestra da verdade decidida

Somos um em cada bailado entre sombras ao chão
Iluminamos a arte da vida que ainda insiste enrugar

Nossos semblantes entornam nervosas choradeiras
Pois sabemos que o fim inicia outros pesadelos nús

A esperança, a esperança, na nossa única fronteira
Resistirá numa solidão que somos nós nesta serenata

Esta música de nosso dedilhar nos amplos musicais
Pela vida instituirão o dilema que nos deixa solitários
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 22/01/2015
Reeditado em 22/01/2015
Código do texto: T5110301
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