Aqui o que machuca

No fim teci apuros em velas de navio antigo

Ousei o navegar enquanto preciso iludir-se

Nos oceanos dos dissabores da vida infame

Reli a sua mista carta de pesar ou algo mais

A minha instante pressa ao mar delinquente

Manobrei entre tufões similares ao teu pesar

Você queda-me distante e escreve ressalvas

Jamais a querer de mim o devorar presentes

Estou a sós no timão valente, mirando a Lua

No pensar no vagar das ondas questionáveis

Apesar de ti malquerer o fim de vossa paixão

O desafiar de me deixares na viagem ingrata!

Estou a perdurar calado, naufragado, caído..

E a solidão que se espera desencanta juras...

Os mares antes tão relapsos são temporais...

Estou afinal ao sabor dos vagalhões mortais!

Os maremotos feridos espalham minha farsa!

Adeus a essa Diana na noite que castiga-me!

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 01/02/2015
Código do texto: T5121614
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