Aqui o que machuca
No fim teci apuros em velas de navio antigo
Ousei o navegar enquanto preciso iludir-se
Nos oceanos dos dissabores da vida infame
Reli a sua mista carta de pesar ou algo mais
A minha instante pressa ao mar delinquente
Manobrei entre tufões similares ao teu pesar
Você queda-me distante e escreve ressalvas
Jamais a querer de mim o devorar presentes
Estou a sós no timão valente, mirando a Lua
No pensar no vagar das ondas questionáveis
Apesar de ti malquerer o fim de vossa paixão
O desafiar de me deixares na viagem ingrata!
Estou a perdurar calado, naufragado, caído..
E a solidão que se espera desencanta juras...
Os mares antes tão relapsos são temporais...
Estou afinal ao sabor dos vagalhões mortais!
Os maremotos feridos espalham minha farsa!
Adeus a essa Diana na noite que castiga-me!