O tempo dorme ...
Luzes se apagam,
o tempo dorme,
a terra silencia,
tempo eterno, sem medidas, sem marcações.
Somos breves, tão breves, tão leves,
como breves incandescências.
Às vezes somos vulcão,
proporcional a fase, inesperaramente,
diluimos emoções ...
Outras, precisamos ser chuva,
intensa, profunda, passional,
para molhar a aridez dos sentimentos insensíveis.
Às vezes vento,
selvagem, fantasioso, fortemente audacioso,
nos levando, nos rodopiando, nos maltratando,
como se fôssemos folhas de outono.
Há uma urgência em viver, de ser, de possuir,
sentir o olhar perdido no tempo.
O tempo cansado,
o tempo sobrevivido,
o tempo perdido.
O tempo de querer abraçar o que se foi,
tempo de recomeçar ...
- Helena Huback -