Sem graça, cabisbaixa, estudiosa, sem corpo
Solitária na classe, ensimesmada ou mimada
Desarmada de sentimentos, triste figura corvo
Mocinha ainda por descobrir não ser a amada

Longe, na terra distante que sobrevive friagem
Pensa e aflita repensa, modo ingrato de saber
A sua forma, seu feitio, suas feições tambem
Tudo lhe implora por ter amigos, quem lhe ver

Fragilizada, escreve muito, pouca desventura!
Tem na letra o prazer de se retocar confiante
E sua mente alerta lhe desperta sonhar futura
No amanhã que lhe vem, vê-se mais candura!

Cedo encontras o triste andar à sós, Jurubiara
O nome que dum valete lhe empresta cavaleira
No embate em mundo injusto em nada cederá
Vive a vida uma tristeza a insólita companheira  

Mocinha ainda, casta sempre, compreenderá!
Que mundo de homens, e coisas ou perdidos!
Serás feliz aos livros e amigos raros, sorrisos!
E terás em mãos soluçantes algo que a punirá! 

Sofres a amar o vasto balbuciar do sentir-se só
No teu pretérito fulgor sorrirá multidões leitoras
E terás na escrita custosa certeza de ver o Sol
Seu brilho, minha silenciosa, iludirá impostoras!
                         
                 Detesto ter perdido tempo procurando amôr... ( Jú )


 
Jurubiara Zeloso Amado e minha contraparte de 1976...
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 18/03/2015
Reeditado em 18/03/2015
Código do texto: T5174161
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