ME DISSE ADEUS....

Não posso aceitar esse adeus...

Seria negar sentimentos meus.

Não creio nessa insensibilidade...

É teorizar todas as tuas habilidades...

Não dá para apagar da memória

Toda uma história,

Que se nem sempre foi mar de rosas

Tampouco foi só lágrima copiosa...

Não compreendo esse afastamento premeditado...

É como negar o ditado,

Que amor com amor se paga...

E valorizar o que diz,

Que só reconhecemos amigos

Em momentos de incerta e infelicidade...

Se a suposta amizade,

Não sobrevive as nossas diferenças,

Faz-me totalmente perder a crença...

Que amizades existam sem interesse.

Desse jogo não conheço as regras...

É dente por dente, olho por olho?

É caminhar sempre às cegas...

Em território minado.

Logo eu que nunca me furtei do seu chamado...

Fosse para rir...

Chorar...

Ou apenas desabafar...

O que fiz para tanto magoar?

Apenas abri minhas asas e pus-me a voar...

Ousei, arrisquei, apostei...

Que a amizade sobreviveria,

Mesmo eu voando por outras cercanias...

Perdi a aposta,

Mas não farei como tu...

Jamais lhe darei as costas...