Barco ao léu
Sim. Sou eu.
É como me sinto.
Um barco sem rumo, sem timoneiro,
Vagando ao léu,
Ao sabor das ondas bravias.
Entrego-me, mansamente,
Ao sabor das ondas,
Ora mansas, me acariciando,
Ora violentas,
Fustigando-me o costado.
Aceito mansamente a doce brisa noturna,
O calor estorricante do sol à pino,
O beijo espumante das ondas geladas...
Aprendi, à duras penas,
O doce sabor da entrega
Total, voluntária, sem reservas...
Sem luta, sem contestação,
Em absoluta comunhão com o infinito.
Apenas sou... Nada mais!
Sou um barco ao léu,
Sem rumo,
Sem... você!!!