ATÉ QUANDO?

Neste porto da minha solidão

Das águas que deságua dos olhos

Fruto espinhoso de gosto amargo

É o momento que vivo agora

Quando vem a noite, na cama solitária

Inquieta sem sono algum

Somente o vazio do meu lado

Nesta triste e seca estação

Como flor sem perfume nenhum

Com esta fisiologia humana

Que meu corpo procura

É prazer pelo prazer

O prazer da minha loucura

Ouço o canto do sabiá

Convidando-me a levantar

A noite de espera se foi

E novamente a noite voltará

Estas palavras soltas

Da minha mente insana

Procura uma alma boa

Que se encaixe na minha cama

Lúcia Castro
Enviado por Lúcia Castro em 15/05/2015
Reeditado em 03/05/2018
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