LÂMINA FRIA
 
 
Em silêncio chamo seu nome,
acaricio o íntimo com lembranças.
Corpo padecendo de frio e fome,
alma perdida chora qual criança.
 
Saudade, lâmina de fria prata,
vil metal que desconhece
dos sonhos que a solidão mata,
a dor que o coração padece.
 
Quem dera levasse-me o tempo,
calando esta agonia oculta e tão sua,
dando-me o silêncio como alento...

2007
 
Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 18/06/2007
Reeditado em 17/10/2009
Código do texto: T531155