LÂMINA FRIA
Em silêncio chamo seu nome,
acaricio o íntimo com lembranças.
Corpo padecendo de frio e fome,
alma perdida chora qual criança.
Saudade, lâmina de fria prata,
vil metal que desconhece
dos sonhos que a solidão mata,
a dor que o coração padece.
Quem dera levasse-me o tempo,
calando esta agonia oculta e tão sua,
dando-me o silêncio como alento...
2007
2007