O DEIXADO
Não que queira,
Mas chorei em seu retrato
Depois fugi pro meu quarto
E teus bens doei a lareira.
Olhando a fogueira,
Tão veloz, incerto e fadigado
Bebi, tal quem fora envenenado,
Caindo ao chão, juntei poeira...
A tal espalhei ao vento
Rasgando na mente as lembranças
Cambaleei-me desalento
Mas quisera eu, deixado ao sofrimento,
Levantar por enfeitada esperança
E ser afagado por teu contentamento.