Louca Noite de Solidão
Trago em meu coração tristeza
Finda o ano, com sutis marcas indeléveis
Ainda não aprendi a medida exata das emoções
Nem de calar o grito, silenciando-me.
Corro para todos os cantos do mundo
E não saio do lugar, com minhas complicações
Estou fugindo da embriaguez?
Ou crescendo para algum lugar que tenha luz?
Pois, só vejo escuridão dentro de mim,
E dedos que apontam sentimento de medo
Ao meu ser que ainda não encontrou o compasso do samba
O gingado da vida leve, dos antigos malandros da lapa
É uma louca noite, pois a insônia me domina
Meus pensamentos correm sem qualquer direção
Como querendo aconchego em alguma explicação
Na razão que não existe em mim! Sou instinto! Sou animal!
Ou apenas um soldado que não aprendeu o manejar de armas
Que tropeça no desfile de sete de setembro
Por não ser patriota de si mesmo
Nem de quem lhe diz amar...
Amar, amar e amar!
Verbo intransitivo que não sei conjugar
Oscilo nestes tempos incertos
Onde uma das moradas do amor
Morreu e a outra, talvez tenha se cansado de mim.
Robinho