À luz da vela

O barco encontra-se à deriva e

sopra um vento frio ao entardecer.

Sem cais, sem horizonte, vislumbro uma tênue luz de uma vela

semelhante ao pôr do sol avermelhado de tristezas !

O barco está sem ancora, encontra-se a singrar o mar,

sem bússola, sem direção.

Olhares caídos pela intensidade dos raios solares,

contrastando com a paisagem que teimosamente sumia.

O oceano encontra-se calmo, não anuncia tempestade,

tenho agora como direção o esquecimento, as lembranças vazias.

Vou desafiar a noite intensa com luz que vem das velas.

Lá fora a escuridão, o tempo que birra em não passar,

me resta as luzes das velas ainda pequenas, o vento, o mar.

Percebo que estou sem rumo, estou perdido.