MEU EXÍLIO

 

Meu exílio voluntário

Por vezes  tão perdulário

Escolhi, não me arrependo

Mas às vezes tenho medo

 

Ser exilada é ser,

Não reconhecida no ter.

És estrangeira sempre

Não há amizade que compre

 

Sou vista como a outra,

Aquela que veio contra

Onde andará seu pensamento?

Com recordações e lamento?

 

Não, não , pois vim por amar

E nada me fará desistir e voltar

Nem que seja eterno degredo

Eu guardarei este segredo

 

Não tenho rompantes de saudade

Trato a todos com igualdade

Só queria ser bem tratada

Na comunidade escolhida