O silêncio

O silêncio, suplanta o mistério do som.

Nada parece igual, a ontem,

O volume se desfez, ressoando um

Som mudo e sem tom.

O dia parece não perceber o que acontece,

Simplesmente se esvai aguardando a noite.

O sol nem apareceu para dar as boas vindas,

Parece que ele se esqueceu.

Passam-se as horas e o relógio em silêncio,

Movimenta os seus ponteiros.

A penumbra âmbar que recobre a manhã,

Sem os raios do sol.

Estranho como festas sem enfeites,

Mórbido e sem movimento.

O semblante das pessoas, que passam,

Parecem paralisados e sem sintonia.

O ar, meio sem sentido,

Não balança as folhas das árvores.

As pedras da calçada parecem,

Sempre iguais umas as outras.

A vozes que antes ouvia,

Agora já não as ouço.

O grito da garotada,

Ficou sufocado.

A tarde recai ao longo do dia,

Já não tão tardia.

O sol tímido e temeroso,

Surge no céu.

Rompe-se de repente,

O silêncio assustador.

A voz de um locutor,

A música de amor.

As vozes aparecem agrupadas,

Sem pausas e com volume atordoado.

O grito surgiu então,

Com volume e entonação.

Servindo de inspiração,

Com grande emoção.

Transmitindo sublime,

Emoção ao coração.

Contador
Enviado por Contador em 06/07/2007
Código do texto: T554096
Classificação de conteúdo: seguro