Solidão Ingrata

Pobre, pobre de mim solidão ingrata!

Oh! Cruel, que solidão cruel!

Me sinto fraca, fraca como um papel

Deixe-me em paz!

Solidão, solidão ingrata!

Em tantos anos lhe fiz companhia

E assim me tratas, tratas por mal valia

A ti nada falta, nada falta!

Que eu te alimento

Oh, te alimento pela jornada!

Onde sigo, sigo sozinha e mal amada

Mas contigo. Sim, sempre contigo.

E mais que a dor ainda me é pedido

Por ti solidão!

Oh, que solidão ingrata!