Lá embaixo a sombra se adensa
Lá embaixo a sombra se adensa
Em um pequeno espaço de úmida terra
Sob uma lápide de pedra suspensa
Dentro da madeira que encerra.
Nesse lugar onde luz não chove
E a solidão já não dói,
Nada mais se move,
Há não ser o verme que nas trevas lhe corrói.
Impune a esse mundo em tormento
Nada mais se faz,
Esperando pelo supremo julgamento,
Sob a balouçante sombra descansando em paz...
Paris, Dezembro 2006.