NAQUELA NOITE, APRENDI UMA LIÇÃO

Naquela noite nublada

Em que o vento soprava

E espalhava ao ar o perfume

Das suas íntimas rosas divinais

Vindo do seu corpo de primavera

Meus sentidos ficaram intactos no tempo

Contemplei a meu favor o seu andar

Suas curvas de mulher imaculada

Oscilando no baloiçar de cada passo

Paralisando a minha respiração

E criando a efervescência em meus pensamentos

Movediços e perturbados pela sua beleza!

A sua voz tocou o acorde da canção

Cujo corros eram vivificados pelos anjos

Belos seres celestiais embalando os encantos

Da sua tamanha formosura, sua fascinação…

Naquela noite nebulosa

Que seu riso sorria minha desgraça

E fazia meu rosto trovejar desesperança

Aprendi a amarga lição do sentimentalismo

O quanto a rejeição da amada pode ferir

O mais cruel e treinado soldado,

O quanto o desamor pode derrubar uma nação…

 

Álvaro dos Reis

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