Desalento

Pego a lua,

ponho junto ao mar...

E eu, de frente ao mar,

na luz do proprio luar

respirando em meu desalento,

fico alí sentado a admirar.

Sinto a leve brisa em meu rosto,

que vem acompanhada

do barulho das ondas do mar.

Ondas que vão e que vem

com vibrações que afagam a minha alma,

acariciam as feridas do meu peito,

aliviando, assim,

as dores e sequelas que

teimam existir

bem dentro do meu coração.

Luz, lua e clarão.

Terra, brilho de estrelas.

Estrelas de areia.

Espelhos na areia.

Espelhos d'água.

Olhos de água.

Olhos de águia.

Ondas e mar que refletem

a tradução das lágrimas.

Lagrimas intrusas que,

sem pedir licença,

rolam, em desalento

pela minha face

na sutil palidez

do meu triste olhar.

(07 de Maio de 2016)

Fárben Arievy
Enviado por Fárben Arievy em 12/05/2016
Código do texto: T5632943
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.