Despede-se a Vida

Despede-se a Vida

Em campos floridos,

Nos campos de trigo, de Van Gogh...

Despede-se a Vida

Em tardes outonais,

Na vazia, cadeira de balanço

No toque suave da harpa...

Despede-se a Vida,

Nas notas do teu perfume que eu não posso sentir

E, em teu rosto que a distância impede

Que eu acaricie...

A cada segundo de saudade imensa

Despeço-me da Vida em versos, e voo

Na pena branca que encontro caída na grama,

E deslizo na asa da borboleta amarela,

Que guardei para você, mas não pude entregar

E a deixei descansando na folha de Canson

Despeço-me da Vida em versos, e voo

magicamente em uma pausa do tempo,

Para junto de ti.