Ensaios de Solidão

Dor de quem ama, essa angústia que não passa

Esses sentimentos que não se sabe aonde vão.

Desespero da incompreensão: palavras mudas e atos secos.

Nada são.

Quem vê desistiu de sentir (ou de amar). E dói.

Rostos vermelhos, quentes e úmidos

Lágrimas vertidas gota a gota

Dor a dor, não a não.

Olhos, outrora profundos, rasos agora de tudo. E não seca.

Todas as portas estão seguramente fechadas

Sem espaços para frestas e não há nada lá.

Por dentro só o frio e por fora o vazio incompreensível

Dos espaços que não foram preenchidos.

Não há vozes, nem músicas, nem mesmo os gritos.

E esse silêncio é o prelúdio das horas tristes, dos olhos molhados

Vermelhos talvez....loucura de quem ouve, delírio de quem sente.

Lacunas de morte ou de sorte talvez....

Lili Almeida
Enviado por Lili Almeida em 15/07/2007
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