Ensaios de Solidão
Dor de quem ama, essa angústia que não passa
Esses sentimentos que não se sabe aonde vão.
Desespero da incompreensão: palavras mudas e atos secos.
Nada são.
Quem vê desistiu de sentir (ou de amar). E dói.
Rostos vermelhos, quentes e úmidos
Lágrimas vertidas gota a gota
Dor a dor, não a não.
Olhos, outrora profundos, rasos agora de tudo. E não seca.
Todas as portas estão seguramente fechadas
Sem espaços para frestas e não há nada lá.
Por dentro só o frio e por fora o vazio incompreensível
Dos espaços que não foram preenchidos.
Não há vozes, nem músicas, nem mesmo os gritos.
E esse silêncio é o prelúdio das horas tristes, dos olhos molhados
Vermelhos talvez....loucura de quem ouve, delírio de quem sente.
Lacunas de morte ou de sorte talvez....