Delírios acerca de Lucy

Amargo é o frio, intempéries que enrijecem a alma,

no trago quente da bebida amiga, companhia.

Preferida era a sua morada, que saudosa estima.

Se a deixa sozinha por um momento ou dois,

não procure a menina com o sol em seus olhos.

Seu coração, ela desenha no vidro embaçado.

Olhos lentos, fixos sobre algum vestígio de vida,

uma janela entre-aberta, um avião, uma planta,

a coisa mais comum, como a mais importante.

Os olhos preocupados se erguem

furtivos, opacos, insatisfeitos

com meditação sobre a verdade e o insignificante

o suficiente é só a certeza de que tu e eu existimos

neste momento, embora já não estejamos juntos

Vitor Reis
Enviado por Vitor Reis em 23/06/2016
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