Outro Caso

Nas ruas vazias escuto meu nome

O Vazio me preenche!

Não!

Na verdade eu não alcanço coisa alguma

É só mais um dia repetitivo

O Pobre não pode se alegrar

Nem o órfão pode sorrir

Do que me adianta ter olhos

Se o que vejo não posso ter?!

Do que adianta?

Nascemos sozinhos

Morremos sozinhos

Será que passaremos a vida também sozinhos?!

O Muito falar não me responde nada

Nem o pensar faz sentido

A boca fala do que o coração está cheio

Não consigo expressar o que sinto

Só sinto pena de mim mesmo

E dos que esperam alguma coisa de mim

O que há de errado em tentar fazer o certo?!

Por que o simples é complicado?

Aonde está o valor para que eu o adquira?!

Onde mora a felicidade?!

Não tenho onde me abrigar

Também não tenho do que me alimentar

Faz tempo que estou na fila

Porém nunca chega a minha vez!

Existem quatro estações

Porém a solidão se firmou em mim

Como pregos grandes bem firmados

No final das contas não valeu de nada

Ninguém se lembrará desse fato

Quem viveu entenderá!

Memórias de um Passageiro
Enviado por Memórias de um Passageiro em 05/09/2016
Código do texto: T5750669
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