SOLIDÃO COMPANHEIRA - Poesia nº 55 do meu terceiro livro "Relevos"

Solidão também vive-se, um ser escondido,

Sentada e tão pensativa à beira da estrada...

Sustenta-se a devorar ilusões do eu abatido,

Sugando a esperança ferida, é fria, malvada!

Sonho que não se realizou na forma e beleza,

Sôfrego tema desta sina que alguém acolheu;

Sorrateira, imaculada, uma nuvem de tristeza,

Soberana também do que não me prometeu!

Sentir os amargos num instante a me engolir,

Sucumbindo dores nos presságios que devoro,

Sorver devagar o que me resta, me consumir!

Sua demora é demais, mas não me apavoro,

Sedada com o meu veneno eu a faço dormir,

Sua força não mato, no pouco que a imploro!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 20/09/2016
Código do texto: T5766308
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