O mundo como vontade e representação
Eu tenho chorado sob minhas próprias lágrimas
Esses ecos que soam no vazio da minha alma
Vem constatando minha solidão
Encarando o espelho
Tomando consciência
A vida é uma morte lenta
Que se repete em cada traço
Do corpo que se desfaz
Vamos falhando
Em nossas ideologias
Em nossas magias
E eu não posso ver
Toda essa alegria
Que você reproduz
É um espaço
O fim é voltar ao início
Há apenas um único nada
E nesse meio tempo
Estamos ditando regras
Reproduzindo moral
Julgando e nos destruindo
Eu podia estar amando, gozando
Mas estou aqui chorando minhas incapacidades
Diante dessa invisibilidade da vida
É um instante de devaneio
Histórias dissidentes
Que se refazem
Me deixa ser beija-flor
Me deixa voar
Seguir o meu destino...
Despedaçar...