DESATINO

A espera estava a esperar,

Mas o tempo não a esperou,

O tempo se foi em silêncio

E da espera restou somente a dor.

E assim, caminha sistematicamente o destino,

Fazendo da existência um contínuo desatino,

Vagando por jardins estéreis, em devaneios

De um pesado avesso ardente sem sentido,

Sem afeto, sem beleza e sem carinho.

Vicente Mércio
Enviado por Vicente Mércio em 12/12/2016
Código do texto: T5851057
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