Ninguém

Ninguém na sua memória,

ninguém no seu presente.

Acho que não há ninguém

lhe fazendo companhia ultimamente.

Há de fato muitos autores,

mas acredito que nenhum deles

seja capaz de me dizer

como essa história irá acabar.

Eu acho que ninguém irá me salvar.

Não há ninguém no seu enredo.

Ninguém no seu começo,

no seu meio, ou no seu fim.

Vários contos metafóricos

já foram lidos para mim.

Vários outros metamórficos

me obrigaram a pensar assim.

Todos estes carros aceleram,

mas estão sem motoristas.

Eu realmente acredito

que alguém sabotou a nossa pista,

mas, novamente, ninguém quis essa conquista.

Ninguém no seu pensamento,

ninguém que possa substituir por algo melhor

este seu triste sentimento.

Acho que não há ninguém

lhe fazendo companhia ultimamente.

Acho que não há ninguém que possa

exterminar essa sua personalidade carente.

Não há ninguém na rua,

eu realmente acho que você

não tem vizinho algum.

Você pode até mesmo observar

todas as janelas,

mas não há nenhum.

Eu acho que lhe abandonaram

no meio do caminho.

Eu acho que lhe deixaram sozinho.

William Wallace
Enviado por William Wallace em 14/12/2016
Código do texto: T5853427
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