De repente,
naquele Bar do Rosário,
tomando um vinho gelado
não me sentia solitário
até que vi o meu passado
no silêncio daquele menino
levado pela solidão de si mesmo
que ali morava..quase a esmo
naquela histórica Praça
que tanto me abraça....

e ouço a mudez daquele sino
e me dá um enorme arrepio
quando vejo aquele menino
a brincar quase em silêncio
embriagado pela fria neblina
naquela paisagem tão divina
que  embriaga meus sonhos
            e nada sinto.
a não ser o suave vinho tinto
que arranca  lágrimas tão frias
e são as minhas últimas alegrias
varridas pelo silêncio do tempo
e daquele sino tocado pelo vento....

                      assim,
na solidão daquele imenso Mastro
eu vejo o menino e seu pequeno rastro
e me embriago naquele vinho tinto
                     e nada sinto
              e minto prá mim mesmo
              que não estou ali a esmo
                    naquele Bar..
com imensa vontade de chorar
                    e de amar..
onde um silêncio mortal me chama
enquanto o vinto tinto me inflama
                   de poesia e amor
                      e de dor....

talvez, não fosse nem suave e nem doce..
           esse bom vinho tinto Rosé
que embriaga meus sonhos e você..
ausente naquele Bar do Rosário
     onde me sinto tão solitário....




NA FOTO, numa fria tarde de Dezembro/2016,
no Bar do Celso e Família..observando a solidão
da Praça do Rosário, onde passei a minha infância
País de Guarapiranga...09/12/2016


 
Marco de Nilo
Enviado por Marco de Nilo em 20/12/2016
Reeditado em 23/12/2016
Código do texto: T5858458
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