NOITE...

A noite cai lentamente

pensativa e insolente

Disputa com a chuva fria

seu reinado de euforia

Chega de cara amarrada

escondendo a lua encantada

Pássaros se calam nos ninhos

e lá fora apenas um burburinho

Daqueles que buscam abrigo

e sofrem correndo perigo

Mas a noite é companheira

abre os olhos alvissareira

O coração acabrunhado

tranca-se no peito calado

E o som que se ouve ao longe

badala em sinos de bronze

Acordando a alma aflita

que não questiona, apenas grita

Grita de medo da noite

que faz do sono um açoite

Que incherido e mal criado

apenas ri,e continua acordado

Nos candelabros dourados

sai das velas, um fogo amarelado

Que ilumina um rosto sisudo,

num canto da sala, alheio a tudo!

Neusa Staut
Enviado por Neusa Staut em 06/02/2017
Código do texto: T5904376
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