Etérea

A solidão me persegue

Mais uma vez.

Mas por que solidão,

Se ela é companheira?

Única, onipresente e latente.

Só ela lê os meus versos tolos,

Largados em um papel ordinário.

Só ela ouve meus sussurros,

Indecifráveis aos mau ouvinte.

O que há além dela

Ao meu lado?

Há pessoas.Tantas que já

Nem posso contar.

E o que sou para

Essas outras pessoas?

Só mais um amontoado

De carne e ossos que vaga

Sem rumo, para o nada.

Ursel Schwartzinger
Enviado por Ursel Schwartzinger em 05/08/2007
Código do texto: T594088
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.