Etérea
A solidão me persegue
Mais uma vez.
Mas por que solidão,
Se ela é companheira?
Única, onipresente e latente.
Só ela lê os meus versos tolos,
Largados em um papel ordinário.
Só ela ouve meus sussurros,
Indecifráveis aos mau ouvinte.
O que há além dela
Ao meu lado?
Há pessoas.Tantas que já
Nem posso contar.
E o que sou para
Essas outras pessoas?
Só mais um amontoado
De carne e ossos que vaga
Sem rumo, para o nada.