Porto Seguro...

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" Pai

Me perdoa essa insegurança

É que eu não sou mais aquela criança

Que um dia morrendo de medo

Nos teus braços você fez segredo

Nos teus passos você foi mais eu "

Fábio Jr.

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Papai...

Sinto-me como o veleiro à deriva

Meu sentir meu pensar em alto mar

Naufragados na saudade

De todas as saudades sentidas...

Lágrimas são velas acesas

São chamas sangrando..

É o reflexo do meu coração em prantos

São sentimentos sem leme sem capitão...

Sinto a solidão como uma onda

A onda que arremessa meu ser-eu...

Contra o meu ser-eu-teu; sinto a sua falta...

Sinto-me arrebentando nas ondas

Dói-me ser a solidão

Não ter aquele abraço...;

Tenho o silêncio da natureza

De madrugada a companheira

E com ela me sinto emersa...

Dói-me a ausência, dói-me a escuridão.

Dói-me o reflexo dessa solitude reinante

Tudo que vive intensamente

Transformou-se em solidão...

Visto do reflexo da minh’alma

O tempo senhor das respostas

Não me diz realmente nada

Pequena porção em mim se esvaia

Não contemplo princípio nem fim

O vazio clama por mim

Sinto doer à melodia; o meu nome.

Dói-me ser a filha da solidão

Não ter a destra de outrora

Sou filha, sou poetisa, sou mulher...

O destino quis assim, sou despedida.

Hei de ser flor solitária entrelaçada

Que vive em meio o distanciado

E finalizar em meio o nevoeiro...

Dói-me por tudo...

Meu Senhor...

Meu Porto Seguro...

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Helenita Duarte
Enviado por Helenita Duarte em 16/03/2017
Código do texto: T5942796
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