Estou ao permanecer, e sou guiado ao lume escuro sem contraste
Te escrevo ao longe, cansado de ruínas acima da rua e becos nús
Aqui como a dedilhar teclados opacos, diários vazados de mentiras
Te vejo nas imagens assim antigas. renovando rever suas belezas
Em um belo dizer-me a argumentar que sou o teu sombrio amante
O meu matraquear insone num lugar com ecos rindo de escárnio
O meu agora é o seu ontem escasso de amôr, primavera demolida
Sonoro final de um passado escrito que reflete poesia despedida
O que ouço de longe está em seu apartamento, artificial lunar gris
E a loucura de uma sina abaixo deste solo infarto, o mortal esgotar
O meu eu a lhe falar distante, versos em dígitos, loucamente meus
Meu coração em ti, contigo e, entre só nós, este mundo arruinado
Esgueiro-me em trevas dissolutas, a luz tênue, a sorte maltrata-me
Ferido que sou por uma lembrança tua, sem a cura de ver-te retida
Assim, parada em seu testemunho mudo, silenciosa, sem resposta