Tempore Urbi Hordie


Que me toque telefone que mudo padece
O ouvir distante de lábias farsas em sentir
Um tempo presente de relembrar você

Ao este amôr que lhe custas uma ligação
Meu relutante instante idene de minutos
Está o permanecer de horas de jurar-te

E te falarei perene com calma insatisfeita
Que passa dia onde o esvair essa cidade
Te dará este confirmar-se de meu deserto

Solitária sem areais em pisante caravana
Um deserto de pendores e tua amargura
E peço-te culpa por me deixar uma noite

Este tempo perdido como a estar calado
Última entrega de meu sonho desapontar
As ruas que me refletem silenciar sofrer

Ligarei amanhã indiferente a este ontem
Na desordem de meu sentimento perdido
Avenidas largas de cimento ainda fingido

O meu alvorecer não é o teu desamparo
De quem ousar me oferecer tão pouco...
Outro que quisera fosse meu momento!

Longamente te ouvirei na linha, vencida
O como sentir-se só, ao clarear de luzes
Perdendo de tua paixão o rancôr próximo

Em casa lhe rogarei perdão sem pressa
Eu a ter de esperar a jura aflita por nada
Moradora silenciosa de desfeitas urbanas


              
                
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 10/04/2017
Reeditado em 10/04/2017
Código do texto: T5966789
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.