O Espinho

Penso que sou

Uma farsa...

Talvez, faca afiada

De cortes profundos,

Imundos cortes...

Sangrei,sem que me visse.

Esgotei-me sem que me

Nota-se.

Acolheu-me nas horas

Mais duras e impuras...

Sofri a dor do corte,

Da pior morte,a sua,

Que adentrou-me

Derradeira,fui culpada...

Amei demais!

Eu, sou a grande vilã.

Sou talvez a pior delas

A mais ardilosa...

A mais formosa flor

Que emana espinhos

Mortais,banais espinhos

Cravados nesse peito...

Que sem jeito,

Chora a dor de ser sozinho

Esqueço a flor,

Que um dia eu fui desse

Caminho.

Luciane Lopes
Enviado por Luciane Lopes em 07/08/2007
Código do texto: T597293
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.