verão sem sol

tão inconstante como o sol

que às vezes não vem e vadia

de graça, é o meu rouxinol

do canto que me arrepia

a chuva que alegra a roseira

sedenta de paz e alegria

deixou no telhado a goteira

depois de mentir que viria

nas vezes que olho o portão

fechado, tristonho, me vem

a imagem da desilusão:

saber que não chega ninguém

é como esperar o verão

do sol que esperava também

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 16/05/2017
Código do texto: T6000391
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