O que machuca subjetiva solidão
Que lhe mata, e sufoca ou nos deturpa farsas
Este que a todos definem desarmar sentidos
Aquilo que se esvai nas areias sem costumes
E sou como solidão que inquieta a poetisa
Venho contigo a todos nós que abusar chôro
A lhes matar invicto nas verdades de sempre
Ermo desviar nas lágrimas ou escuros véus
Solidão de nomear repasto, esfomear culpas
A solitária donzela que lembra esvaído sonho
Conjura das horas que despiram incertezas
Momento de fenecer como numa flôr ferida
Minutos debruados dum belo cetim rasgado
Sombras qual arrepiam rochedos resfriados
De Sol que rebrilha na farsa incólume viva
O que restar está nesse abismo da perdição
Serei o teu cônego juiz quando réu ficardes
Perdida a aurora quente num frio madrugar
Espargindo na secura de um oceano vasto
Nos fazendo é vítimas do enredo naturista
Morrer e morrendo juntos pelo vil amanhã
Os penedos a tiquetaquear tempo despedido
Caídos que são nosso respirar e a escuridão
Solidão intensa que desfere o golpe último
Se desvia dos destinos que ousam calar-se!