O que machuca subjetiva solidão

Que lhe mata, e sufoca ou nos deturpa farsas

Este que a todos definem desarmar sentidos

Aquilo que se esvai nas areias sem costumes

E sou como solidão que inquieta a poetisa

Venho contigo a todos nós que abusar chôro

A lhes matar invicto nas verdades de sempre

Ermo desviar nas lágrimas ou escuros véus

Solidão de nomear repasto, esfomear culpas

A solitária donzela que lembra esvaído sonho

Conjura das horas que despiram incertezas

Momento de fenecer como numa flôr ferida

Minutos debruados dum belo cetim rasgado

Sombras qual arrepiam rochedos resfriados

De Sol que rebrilha na farsa incólume viva

O que restar está nesse abismo da perdição

Serei o teu cônego juiz quando réu ficardes

Perdida a aurora quente num frio madrugar

Espargindo na secura de um oceano vasto

Nos fazendo é vítimas do enredo naturista

Morrer e morrendo juntos pelo vil amanhã

Os penedos a tiquetaquear tempo despedido

Caídos que são nosso respirar e a escuridão

Solidão intensa que desfere o golpe último

Se desvia dos destinos que ousam calar-se!

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 17/05/2017
Reeditado em 17/05/2017
Código do texto: T6001739
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