Do Recanto Divino ao Submerso Profano
Em momentos de fervuras árduas
O meu todo se despedaça
Já não sei mais por onde começar
Pois até meu começo já se acabou
Portento eu não sou
Portento de fracasso somente fui e sou
A impetuosidade de minha vida escarnece o que sobra
A perpetuidade do fracasso é fixa
Hoje já não sei mais se mereço sobreviver
Pois de vida somos somente peões a esticar a corda de enforcamento
Dos arrependimentos que matam eu já esgotei as vidas após a morte dos cemitérios
Da vergonha de habitação nem carente hoje posso ser
A via árdua em minha vida a trilhar já não sei se posso mais aguentar
Da direção certa a seguir as rachaduras do errado já ficou embutida no certo
Da vida que me deram, já não sei mais se mereço esse título
O fracasso e a tristeza percorrem a face de minha alma, pois o seu coração já virou pó.