Como Um Jazz Triste

Como Um Jazz Triste

Eu só posso fazer mal a mim a mesmo andando por ruas escuras becos sem saídas. No céu as estrelas a que em baixo eu minha solidão. Mas com algo tão bonito no coração.

E nessas horas eu estava completamente, jazz, por essas ruas, por esses becos sem saídas. Encontrando sempre um belo rosto, flores da noite, levando a vida ao ganhar noite.

– Oi! Está perdido? Posso te fazer companhia – e eu estava realmente precisando conversar com alguém.

– Não precisa, estou amando, que é pior que está perdido – foi que eu disse logo em seguida.

Depois de um belo rosto eu seguia meu caminho aos passos da lua, sobre a luz do olho do gato, sobre a luz dos faróis dos carros.

E ao longe vinha de uma vitrola algo que soava tão jazz, um jazz triste a falar de amor, eu parei para escutar e lembrar ainda mais daqueles olhos negros de quem eu jurei para sempre amar.

Andando por essas ruas, por esses becos, dando de cara com outras caras, me batendo com os bêbados, outros corações a sofre de amor nessa noite tão jazz, um jazz triste a falar de amor. Talvez eu der de cara com mais um rosto nessas ruas, nessa noite, nesses becos, numa esquina qualquer, o rosto da morte a me ver a sim tão cabisbaixo. Andando a sim tão jazz, um jazz triste a falar de amor.

Que quando o sol nascer eu já esteja na cama mesmo sem ela do lado.