DE REPENTE ANOITECEU

Anoiteceu e o céu escureceu,

Por não haver lua e estrelas,

Apenas a humidade da noite,

O cacimbo a cair lentamente,

E eu desperto na minha cama,

Escrevendo poesia e crónicas,

Tais eram as minhas insónias.

De repente anoiteceu e o breu

Invadiu o céu e a terra, só luz

Cintilava nos olhos das musas

Que andavam por tantas ruas,

Em busca de almas errantes,

Perdidas em cenas indecentes

De corpos unidos, crus e nus.

Quando a noite apareceu, só eu

Assisti ao escurecer, todo o ser

Não se apercebeu do entardecer,

Andava entretido com sua vida

Divertida de adultério e prazer,

Assim vivia-se quadro de amor,

Sem vergonha e nenhum temor.

Ruy Serrano - 30.06.2017

Ruy Serrano
Enviado por Ruy Serrano em 29/06/2017
Código do texto: T6040955
Classificação de conteúdo: seguro