Fugir de mim...
Quero ir embora desse lugar...
Não consigo mais viver aqui
De todo permitiu me sugar..
O que de melhor eu adquiri.
Mas o vazio está no peito
Mudar não será minha cura
Aonde eu for,de todo jeito
Prosseguirá essa tortura...
Pode ser que no meu futuro
Essa dor venha a ser riso...
Sombra do medo imaturo...
Que me afasta do paraíso.
E entre choro e assolação...
Escondo meu ser medonho
Pensando ser alucinação
Ou talvez um triste sonho.
Mas nem remédio faz efeito
Meu corpo arde de agonia
Cada minuto passa estreito
Na linha tênue da ironia...
Tudo me parece estranho
Fica distante da realidade
Castigo que tarde ganho
Por ter negado a felicidade.
A vida está tão deprimente
Vejo apenas rostos sombrios
Talvez seja da minha mente
Que já perdeu os seus brios.
Ai coração que não aprende
Insiste em viver uma novela
Um dia talvez ele desvende...
Que a vida nem sempre é bela.