Fugir de mim...

Quero ir embora desse lugar...

Não consigo mais viver aqui

De todo permitiu me sugar..

O que de melhor eu adquiri.

Mas o vazio está no peito

Mudar não será minha cura

Aonde eu for,de todo jeito

Prosseguirá essa tortura...

Pode ser que no meu futuro

Essa dor venha a ser riso...

Sombra do medo imaturo...

Que me afasta do paraíso.

E entre choro e assolação...

Escondo meu ser medonho

Pensando ser alucinação

Ou talvez um triste sonho.

Mas nem remédio faz efeito

Meu corpo arde de agonia

Cada minuto passa estreito

Na linha tênue da ironia...

Tudo me parece estranho

Fica distante da realidade

Castigo que tarde ganho

Por ter negado a felicidade.

A vida está tão deprimente

Vejo apenas rostos sombrios

Talvez seja da minha mente

Que já perdeu os seus brios.

Ai coração que não aprende

Insiste em viver uma novela

Um dia talvez ele desvende...

Que a vida nem sempre é bela.

Noemi Prates
Enviado por Noemi Prates em 13/08/2007
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