Dôr que me consome, divina dôr que costuma estar!
   deusa de meu destinar errante, campinar horizontes
   aquilo que me basta o perder e que nunca é nomear
   a santa fome de meus poemas, o esgar de meu riso
   maternidade envolta no sofrimento, nas despedidas!
   
   Este meu eu sedento débil dos favores de sobrevida
   calada que sou em tormentas de prosas venturosas
   ousada de permanecer desolar, a remar contra tudo!
   querida se suporem que devo satisfazer desesperos
   cansada das guerras vivas falece sonhar estar longe 

   Trôpego resfolegar de vida que conflituosa desfalece
   os versos meus a navegarem em verdades limitadas
   sem limiares no verbo incansável nesta luta cada dia
   a orar devido entre promessas ou palavra convidada
   valente que seja o dizer, este debruar vulgar poetar...

   Imensa a aurora desperta do enlevo dessas palavras
   comissionada ao desperar da alvorada de nobre arte
   a desdizer palavras muitas, dos diversos matizes vis
   ensimesmada na angústia íntima desse só pertencer 
   largada ao limo de abisssais desejos da frase última!    
Jurubiara Zeloso Amado e Num frenesi de palavrórios...
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 19/07/2017
Reeditado em 19/07/2017
Código do texto: T6059206
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