Labirintos

Estou cansado de viver

Contudo não ei de morrer agora

Tento me livrar da navalha da solidão

Que me separa, fere e corta

Me encorajo a beber outra dose

Preferivelmente forte

Que me cria expectativa

De cicatrizar esta ferida

De sarar o corte

Durante instantes, esqueço que estou perdido

E transfiro toda a falta de sentido

Para outro gole de uma bebida quente qualquer

Vou me entorpecendo de meu próprio olhar vazio

Me distraindo do frio e do grito do meu interior,

Da minha sina

Do meu caminhar sem destino.

Fugindo das minhas esquinas

Evitando vagar pelos meus instintos

Pelo meu eu distinto

Pelos meus labirintos.

Labirintos.

Henrique Miranda
Enviado por Henrique Miranda em 20/07/2017
Reeditado em 12/05/2020
Código do texto: T6059784
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