Labirintos
Estou cansado de viver
Contudo não ei de morrer agora
Tento me livrar da navalha da solidão
Que me separa, fere e corta
Me encorajo a beber outra dose
Preferivelmente forte
Que me cria expectativa
De cicatrizar esta ferida
De sarar o corte
Durante instantes, esqueço que estou perdido
E transfiro toda a falta de sentido
Para outro gole de uma bebida quente qualquer
Vou me entorpecendo de meu próprio olhar vazio
Me distraindo do frio e do grito do meu interior,
Da minha sina
Do meu caminhar sem destino.
Fugindo das minhas esquinas
Evitando vagar pelos meus instintos
Pelo meu eu distinto
Pelos meus labirintos.
Labirintos.