Ócio martírioso

Sinto arroubos de ventos mortos.

Paralisado a muito pelo medo,

nada me comove

nem mesmo a poesia por quem vivo.

Perdi a luta na ânsia agastada

requestada de mim

assombrosa quietude me rouba a paz.

Nem sei falar de nuncas, pois de ser já nem entendo.

Sou o que restou de muitos falando por poucos.

Sou sozinho a dor que me dói dilacera só a mim.

Tentei agradar a tantos e esqueci de mim.

Escrevo com a alma, pois escrevo o que sinto.

Sinto em dizer que não mais sinto.

Nada mais de amores imaturos.

Amor que dilacera os sentidos

não é amor, é vaidade.

J Carlos
Enviado por J Carlos em 21/07/2017
Código do texto: T6060404
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