Esses sonhos

São doces os sonhos.

Doces estranhos que não reconhecemos

e nos esquecemos do básico conselho da vida

que anuncia ser uma benção a ignorância

e que marca a distância entre os seres

o componente básico da sobrevivência.

Mas o que fazemos com os sentimentos?

O que perdemos diante do medo de arriscar?

São doces os sonhos.

Quando nos lembramos que nada mais é preciso

a não ser o esforço, o desgosto do labor,

da derrota, do desânimo e das barreiras.

São doces estranhos de prazer

no morrer todos os dias

em nome do desconhecido e

do além do que os olhos podem ver.

São doces os sonhos?

São doces por essência

ou comparados à realidade?

Por inteiro ou em partes que às vezes vislumbramos

e nos perguntamos onde estamos?

São fracos? São fortes? Sobrevivem ao hoje, ao amanhã?

O que são senão a próxima porta fechada

em um longo corredor escuro?

Olhe, são tantas portas fechadas.

Diga-me, onde estão as chaves?

Leandro Sales
Enviado por Leandro Sales em 01/08/2017
Reeditado em 01/08/2017
Código do texto: T6071333
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