Em sua mão e prossiga

O que tem na mão não segura muitos galhos
  e de muitos dedos insinuará na partilha má
   compreendida a saber que falhou o cultivar

Sim, a consumada deserção do que almejou
  este não devolver risos aos ventos do deserto
  a busca errada no acertar que padece caça

Ao que te assegura captar um sorver daninho
  eivado de suor de recompensa a nada obter
   a esgueirar na relva por mais vasto apegar

Solitária mata que em negrume perpetua-se
  uma na descoberta como numerada criação
   sua soma de diversidade sem bela divisão

Sim, do meu eu caído distante por predileção
  cantar-te um assovio ou orações inusitadas
   ou calejada dos dissabores na sombria dôr

Penosa arte de consentir o que a vida reside
  ensino de que deveria te roubado um flertar
    esmaecida na imagem de uma espera vã!    

O sentir um enevoar do caráter dum solitário
  inesperada sutileza ordinária de cem luzes
   como suspeitar da escuridão sua ameaça?
                                         
                                                 
                     

                  ( Em prol dos dias de mocinha solitária desde sempre ) 
                    
                                         
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 06/08/2017
Reeditado em 06/08/2017
Código do texto: T6076100
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