ENQUANTO O DIA NÃO VEM

Solitário traço,
Ouço o som dos meus passos,
E mais nada,
Nessa estranha madrugada.

Ou estranho sou eu?
Com essa solidão que me envolveu,
Fez de mim um notívago.

Agora, ser, eu queria,
Um poético nubívago,
Ir nuvens além...
Com o encanto que me convém,
Ajaezada travessia.

Mas, isso, não me pertence,
A realidade me vence,
Com absoluta aspereza.

Então, retomo minha estranheza,
Meu isolado comportamento,
E enquanto o dia não vem,
Lanço no lapso do vento,
Um discurso nonsense.