Na noite sem fim...

Descarregar-me como um peso em uma leitura.

Minha alma lateja e produz essa sensação estranha...

Como um lampejo, um lampejo de solidão perturbando a solitude.

O som do silêncio... Como um impactante, porém leve zumbido;

Quebrado é! O arrastar da caneta sob o papel o quebra;

E este frio noturno que me abrasa é um egoísta conforto!

Observo os terrores do livro de bolso, penso nos desabrigados afora...

A perturbada Solitude desequilibra-se e me apavora!

Versos aquebrantados agora são guiados por sons ao fundo...

Quebrados versos, aqui quebras me noite fria! Moça eterna de estrelas pontilhada,

Por nuvens vermelhas e acinzentadas emoldurada um elmo.

Será que Keats também transpirou este sentimento? Ao contemplar urnas desenhadas?

Ao elogiar o nobre pássaro da noite? Este pesaroso sonho é incerto...

Já desconheço o sono, já não posso distinguir.

Júlia Trevas
Enviado por Júlia Trevas em 20/01/2018
Reeditado em 20/01/2018
Código do texto: T6230967
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